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Novas diretrizes para o tratamento de hepatite C no Brasil

O uso dos antivirais de ação direta (DAAs) tem mudado a história natural da infecção pelo vírus HCV, apresentando altas taxas de resposta virológica sustentada (RVS). Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), as diretrizes em relação ao tratamento de hepatite C foram atualizadas em duas Notas Técnicas.

Tratamentos disponíveis

Os DAAs podem agir de forma seletiva em alguns genótipos do HCV ou de forma pangenotípica. O uso de esquemas genótipo-específicos exige a realização de exames de genotipagem antes da prescrição, o que pode levar a atraso no início do tratamento.

As novas diretrizes brasileiras orientam o uso de esquemas pangenotípicos para pacientes adultos e crianças a partir de 12 anos de idade ou com peso maior ou igual a 30 kg. Os esquemas disponíveis passam a ser sofosbuvir/velpatasvir e glecaprevir/pibrentasvir, com as recomendações variando de acordo com o grau de hepatopatia — definido pela escala de Child — e pela presença ou ausência de tratamento prévio com DAA – definido como uso prévio de DAA sem resposta virológica sustentada entre a 12ª e 24ª semana após o término do tratamento. Pacientes que obtiveram RVS e que se reinfectaram devem ser tratados conforme as recomendações para primo-infecção.

Exames de genotipagem

Considerando a característica pangenotípica desses esquemas, fica suspensa a realização de exames de genotipagem de HCV como indicação para início de terapia. As exceções, em que esse exame permanece obrigatório, são casos em pacientes entre 3 e 11 anos ou com menos de 30 kg de peso.

Fonte: PebMed