Um sistema que usa a Inteligência Artificial (IA) para auxiliar na tomada de decisões tem aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar junto à Farmácia Clínica do Hospital do Círculo, em Caxias do Sul. Implantado na instituição de saúde há pouco mais de um mês e de forma pioneira em Caxias do Sul, o NoHarm integra-se ao prontuário médico otimizando e priorizando a validação do farmacêutico.
A Farmácia Clínica faz parte do Serviço de Farmácia Hospitalar do Círculo. Nela, o sistema NoHarm faz interface com bases científicas relevantes, agregando valor e confiabilidade nas informações, proporcionando a tomada de decisão clínica do farmacêutico de forma ágil e segura, identificando e corrigindo as prescrições fora do padrão.
Otimização de processos
“A ferramenta oportuniza a otimização de nossos processos e a gestão de tempo por meio da unificação de informações técnico-científicas em um único modelo. Antes, era necessário consultar três diferentes sistemas para validar uma única prescrição. Hoje, todas as informações pertinentes estão disponíveis em uma única tela, como por exemplo: dados do paciente, alertas de exames alterados, incompatibilidades físico-químicas em “Y”, interações medicamentosas, dose máxima/mínima, tempo de antibióticos em uso, duplicidade terapêutica, entre outros”, explica Aline Formighieri, coordenadora da Farmácia Clínica do Círculo.
NoHarm
A ferramenta NoHarm já é utilizada hoje em vários hospitais referência em Porto Alegre, entre eles Santa Casa, São Lucas da PUCRS, Mãe de Deus e de Clínicas (HCPA). O Hospital do Círculo é o primeiro a implantá-la em Caxias.
O programa, reforça Aline, trouxe benefícios tanto para pacientes quanto para a equipe de profissionais. “O NoHarm possui relatórios gerenciáveis, como os de intervenções farmacêuticas e de stewardship de antimicrobianos. As intervenções, quando relevantes e aceitas pelas equipes responsáveis, melhoram a assistência ao paciente, evitam o desperdício de recursos e, consequentemente, geram farmacoeconomia. Todas as informações que antes eram tabuladas de forma manual para geração de indicadores, hoje estão prontas dentro da NoHarm em tempo real”, acrescenta a coordenadora.
Fonte: Setor Saúde