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Tecnologia em saúde: prescrição eletrônica é um grande benefício para pacientes e meio ambiente

Com o avanço da tecnologia, procedimentos que antes poderiam exigir maior burocracia e gastos de materiais, hoje são realizados com muito mais facilidade. E uma das áreas em que tem havido constantes mudanças é a saúde, especialmente impulsionada pela pandemia de covid-19. Uma das novidades inseridas no Brasil em 2020, e ainda hoje em implementação, é a prescrição eletrônica gratuita, documento digital com muitas vantagens aos pacientes e à natureza.

“A prescrição eletrônica foi regulamentada pela Lei 14.063, em 2020, durante o início da pandemia, e foi essencial para facilitar os procedimentos de saúde. Não à toa, continua a ser usada e deve se tornar cada vez mais comum”, afirma a coordenadora farmacêutica do Grupo Tapajós, Sabrine Cordeiro.

Segundo ela, a prescrição eletrônica torna o cuidado com a saúde mais seguro, porque evita erros no ato de busca por medicamentos. “Não é raro encontrar quem tenha dificuldade para fazer a leitura daquela chamada ‘letra de médico’, então, com a prescrição eletrônica, não temos mais o risco de rasuras ou má interpretação. Pode parecer simples, mas o paciente se sente muito mais seguro quando não há dúvidas sobre o que foi escrito”, ressalta.

Outro ponto de destaque é a adequação a uma preocupação mundial com o meio ambiente. Isso porque a prescrição eletrônica é processada digitalmente desde o início, eliminando o uso do papel. Um levantamento sobre a Indústria de Papel e Celulose, realizado em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, aponta que, somente em 2020, o Brasil produziu 10,2 milhões de toneladas de papel.

“Ao invés do papel que depois será dispensado, o paciente pode receber a prescrição eletrônica por e-mail ou WhatsApp, permitindo a consulta a qualquer momento. Isso evita também riscos como a própria perda da receita ou incidentes; por exemplo, o contato do papel com algum líquido, prejudicando a leitura”, afirma Sabrine.

Vale lembrar que os benefícios não se limitam aos pacientes. Com a prescrição eletrônica, médicos têm redução de custos de impressão, maior praticidade para criação de documentos e o benefício da gratuidade da plataforma. Já farmacêuticos, que estão na outra ponta, ganham em facilidade para acessar as receitas e também ao fazer a dispensa dos medicamentos.

Sobre o tema, o Conselho Regional de Farmácia do Amazonas (CRF-AM) promove, no próximo dia 12 de janeiro, uma live com orientações e dicas para farmacêuticos a respeito das prescrições eletrônicas. A coordenadora Sabrine Cordeiro está entre as palestrantes. O evento será transmitido no canal do YouTube do CRF-AM.

Na prática

Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), que fornece a plataforma para emissão da prescrição aos médicos, o documento é gratuito e válido em todo o território nacional. A prescrição inclui não somente receitas para tratamentos, mas também atestados médicos, laudos, relatórios e solicitação de exames. A validação do documento é feita por assinatura digital.

“A prescrição é aceita em todas as farmácias do Grupo Tapajós (Santo Remédio, Flexfarma e FarmaBem) e a validação é feita pela plataforma do farmacêutico. São aceitos os documentos que tenham códigos token, QR Code ou a própria receita em arquivo PDF, desde que tenha sido assinado eletronicamente pelo profissional prescritor, devidamente certificado pelo ICP-Brasil [modelo brasileiro de certificação digital]”, pontua a coordenadora.

Ela lembra que a prescrição eletrônica se une a outras mudanças que têm sido recorrentes no setor de saúde, como a recente regulamentação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das bulas digitais para medicamentos que não necessitam de receita ou que são de uso contínuo. “Temos acompanhado com muito entusiasmo cada uma dessas mudanças e estamos confiantes no aperfeiçoamento dos atendimentos, sejam eles médicos ou farmacêuticos”, comenta Sabrine.

Fonte: A Crítica