Os resultados das empresas do setor de saúde devem se manter pressionados no terceiro trimestre, diz o Bank of America (BofA), com manutenção da sinistralidade em patamares elevados, crescimento lento nos tíquetes médios de hospitais e pressão nas margens de aquisições recentes.
Os analistas liderados por Fred Mendes escrevem que o Fleury deve ter os resultados mais resilientes do setor no período, com a margem Ebitda chegando a 28%, com maior procura por exames de diagnóstico. “Como cerca de 70% dos custos do Fleury são fixos, a alavancagem operacional vai elevar margens”, apontam.
A Viveo e a Dasa devem ter resultados pressionados por conta do impacto que as aquisições recentes feitas pelas duas empresas terão nas suas margens. No caso da Viveo, o lucro deve crescer ao longo do tempo com a captura de sinergias. A alta alavancagem da Dasa ainda deve continuar afetando a última linha do balanço.
O terceiro trimestre do Mater Dei deve ser sustentado pelos resultados do novo hospital em Salvador, com maior taxa de ocupação dos leitos. No entanto, o crescimento lento dos tíquetes deve afetar as receitas da empresa e de outras operadoras integradas de saúde, como Hapvida.
Na visão do BofA, a Qualicorp deve trazer os piores resultados do terceiro trimestre no setor de saúde. A empresa deve ter mais um período de números fracos, pressionados pelos reajustes de 20% a 22% nos planos de saúde, o que deve causar perda de beneficiários em sua carteira.
Fonte: Valor Econômico