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Tratamento tríplice é nova alternativa para melanoma cutâneo metastático

Embora não seja o tipo de câncer de pele mais comum, o melanoma cutâneo é o mais grave, devido à probabilidade de se espalhar por outros órgãos. No entanto, mesmo quando isso acontece, tornando-se metastático, a sobrevida tem aumentado com o uso de novas combinações de tratamentos. O oncologista gaúcho Dr. Rodrigo Perez Pereira, da Oncoclínicas RS, é um dos autores de um estudo publicado na revista científica The Lancet, mostrando que a adição de Atezolizumabe (imunoterápico) à terapia com os medicamentos Vemurafenibe e Cobimetinibe é segura e resulta em maior sobrevida livre de progressão da doença. Este estudo envolveu apenas pacientes com melanoma cutâneo metastático que apresentam a mutação de gene BRAF V600, a qual ocorre em cerca de 50% destes casos.

“A incidência de casos de melanoma no Brasil é pequena, mas, provavelmente, subnotificada. No Rio Grande do Sul, é maior do que nos demais estados do país, pelas características étnicas da população”, afirma o oncologista. Ele informa que o tratamento tríplice já foi aprovado pelo FDA americano (U.S. Food and Drug Administration, órgão regulador no EUA) no ano passado, mas ainda não foi submetido para aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

De acordo com o estudo multicêntrico, realizado entre 2017 e 2018, com 777 pacientes de 112 institutos em 20 países, entre os quais o Brasil, a sobrevida livre de progressão avaliada nesse grupo foi significativamente prolongada com a adição do Atezolizumabe, chegando a 15,1 meses. Nos pacientes que receberam o placebo esse período de sobrevida foi de 10,6 meses. As reações adversas mais comuns foram erupção cutânea, dor musculoesquelética, náusea, fadiga e fotossensibilidade, entre outras.

Fonte: Setor Saúde