O teranóstico (origem do nome é a união das duas palavras: terapêutica e diagnóstico) é uma nomenclatura usada atualmente em Medicina Nuclear quando se usa uma molécula radioativa tanto para o diagnóstico quanto para tratamento de doenças, usualmente câncer.
Um exemplo atual de sua aplicação é no câncer de próstata. O PSMA é a proteína de membrana específica da próstata, superexpressa em 95% dos cânceres de próstata que, com o avanço da doença, costuma causar aumento progressivo do PSA nos exames de sangue. Na identificação do foco tumoral responsável por esse aumento, o paciente passa pelo PSMA PET-CT. Na sequência é possível iniciar o tratamento e a observação.
Como é utilizado no Câncer de Próstata
A estratégia teranóstica começa na avaliação inicial com o PET/CT com PSMA (marcado com Gálio-68 ou Flúor-18) a fim de detectar a presença da recidiva tumoral e/ou de qualquer metástase no corpo. Na próxima etapa, em casos de doença avançada, há a possibilidade da terapia com Lutécio-177-PSMA.
Assim, o teranóstico consegue entregar a radiação necessária, agindo apenas no tumor e minimizando o dano em células sadias, tornando-se uma alternativa menos tóxica que a quimioterapia e com efeitos colaterais mais brandos.
Os benefícios se sobrepõem aos efeitos colaterais e à exposição à radiação porque, ao atuar em alvos específicos e já conhecidos, é possível destruir predominantemente as células cancerígenas e chegar a redução do volume doença, aumentando a chamada sobrevida livre de doença e também aumentando a sobrevivência dos pacientes (dados mostrados recentemente no artigo científico chamado VISION trial).